EVENTOS DO TURISMO

Como parte da comemoração dos 70 anos de Turismo Social, Sesc São Paulo promove seminário internacional em 12 e 13 de junho para discutir direitos e contradições do setor

O Sesc São Paulo comemora, até dezembro de 2018, 70 anos de ações em Turismo Social. Nesse sentido, e por acreditar que a promoção de excursões e passeios deve caminhar em paralelo com as reflexões sobre os impactos gerados pelo turismo, a instituição promoverá, entre outras atividades programadas para todo o estado, o Seminário Internacional “Turismo e Direitos Num Mapa de Contradições”.

O evento, que será realizado entre os dias 12 e 13 de junho no Sesc 24 de Maio, tem por objetivo debater as relações entre turismo e direitos humanos, abordando, de modo crítico e propositivo, as graves contradições desse cenário.  Também se integra à pauta do fórum uma proposta de reflexão sobre a democratização do acesso ao turismo e os impactos gerados pelas práticas turísticas.

Para fomentar os debates e discussões, a inciativa contará não apenas com especialistas do Brasil e do exterior – Espanha, Argentina, Inglaterra e Austrália, por exemplo – em turismo, mas em áreas como sociologia, psicologia, educação, diversidade, patrimônio, políticas públicas e urbanismo.

Além do seminário, haverá uma série de atividades associadas, com inscrições independentes. Dentre elas, o lançamento de uma edição especial da Revista do Centro de Pesquisa e Formação, inteiramente dedicada ao tema da ética no turismo (18 de junho, às 19h). No evento, haverá um bate-papo com o diretor executivo da organização inglesa Tourism Concern, Mark Watson, que atua em prol da ética no turismo. Ainda no Centro de Pesquisa e Formação haverá uma rodada de conversas com cinco profissionais e professores latino-americanos sobre políticas de turismo e sua relação com direitos na América Latina (14 de junho, às 19h30) e uma palestra sobre turismo e gênero com a diretora da organização Equality in Tourism, Daniela Alarcón (15 de junho, às 14h30).

Também estão programadas caminhadas pelo centro paulistano, com acompanhamento de especialistas, buscando desenvolver novos olhares sobre a cidade (14 e 16 de junho, às 10h), saindo do Sesc 24 de Maio. A Avenida Paulista também acolherá outra caminhada (16 de junho, às 11h), dessa vez com o acompanhamento do fotógrafo Michael Hughes (Alemanha), autor da série ‘Souvenirs’, que utiliza das imagens de suvenires de viagens para provocar o público a refletir sobre um mundo em que as representações dos objetos costumam ser mais importantes do que sua realidade. No passeio, com saída do Sesc Avenida Paulista, o público fará imagens da avenida a partir da composição com suvenires ou cartões-postais que simbolizam o local.

 

Mais informações sobre o “Seminário Internacional Turismo e Direitos num Mapa de Contradições” e suas atividades associadas em sescsp.org.br/turismoedireitos

PROGRAMAÇÃO

Dia 12 de Junho

 

Credenciamento

A partir das 9h, na praça (andar térreo) do Sesc 24 de Maio.

Abertura 10h às 10h30

 

Mesa 1- 10h30 às 12h30

Turismo e direitos num mapa de contradições
Para compreender o panorama no qual o turismo se desenvolve, é importante sublinhar determinados vetores atuais, como a globalização dos mercados e a dificuldade dos países em legislar em seus territórios, a assimetria de oportunidades, o colapso ecológico e a onipresença das tecnologias. O turismo pode ser produzido, comunicado e consumido de vários modos, resultando diferentes formas de relacionamento entre a atividade turística e os direitos. Como esses jogos de força (poder) se desenvolvem na atualidade?

Jessé Souza (professor da UFABC)

Freya Higgins-Desbiolles (professora da Escola de Administração da University of South Australia)

Mediação de Sergio Rodriguez Abitia (vice-presidente da Organização Internacional de Turismo Social)

Mesa 2– 14h30 às 16h15
Turismo e territórios: quem diz o que é desenvolvimento?
Essa mesa pretende debater os significados de desenvolvimento que estão implícitos nas argumentações dos diversos atores envolvidos na atividade turística. Como cada um desses discursos ajuda a construir diferentes realidades?

Rodrigo Miranda (professor do Centro de Estudos em Economia Social da Universidade Nacional de Tres de Febrero, Argentina)

Thiago Sebastiano de Melo (membro da Rede Internacional de Estudos Críticos de Turismo, Território e Autodeterminação – REESCRITA)

Mediação de Aguinaldo Cesar Fratucci (professor do Departamento de Turismo da Faculdade de Turismo e Hotelaria Universidade Federal Fluminense)

Mesa 3- 16h30 às 18h15
Turismo pra quem?
Independentemente do debate sobre turismo ser ou não um direito, observam-se demandas dos indivíduos por participação nos movimentos turísticos em um cenário de exclusão. Frente às restritas opções economicamente acessíveis e ao limitado alcance de políticas e ações institucionalizadas, quais as práticas existentes?

Adjane de Araújo Machado (professora no Curso de Turismo da Universidade Federal da Paraíba e coordenadora do Curso Técnico em Hospedagem na Escola Cidadã Integral Presidente João Goulart).

Erica Schenkel (professora do Departamento de Geografia e Turismo da Universidad Nacional del Sur, Argentina)

Trabalho premiado: Lucas Monteiro, Jean Viana e Claudia Moraes

Mediação de Marcelo Vilela de Almeira (professor do curso de Lazer e Turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo)

Dia 13 de Junho

Mesa 1- 10h às 11h45

“Não sou turista, eu moro aqui” – dilemas do direito à cidade
O afluxo excessivo de turistas a certas localidades tem colocado em risco o cotidiano das populações. À medida que se intensificam processos como o de gentrificação, quais reações e alternativas os agentes locais manifestam para lidar com esses impactos? Quais contextos propiciam o surgimento de expressões como “turismofobia”? Quais são os interesses em jogo?

Ana Fani Alessandri Carlos (professora do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo)

Cláudia Leitão (professora da Universidade Estadual do Ceará)

Alejandro Mantecón (professor de Sociologia na Universidade de Alicante)

Mediação Thiago Allis (professor do curso de Lazer e Turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo)

Mesa 2 – 11h45 às 13h30
Repensando as práticas no turismo
Mesa dedicada a apresentações de projetos que proponham novas práticas para problemas urgentes que envolvem a atividade turística, como os conflitos e o desrespeito de direitos, as vulnerabilidades sociais intensificadas pela atividade e outros dilemas da atividade.

Carlos Humberto (CEO do Diaspora.Black. )

Mark Watson (diretor da Tourism Concern, Inglaterra)

Renato Cymbalista (professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e membro do Coletivo Pisa)

Mesa 3– 15h às 16h40
As facetas turísticas da vulnerabilidade
Quando se aborda a relação entre turismo e direitos, cabe debater as condições daqueles que historicamente encontram-se em posição de vulnerabilidade e que não raro encontram, em face da atividade turística, um recrudescimento da opressão que enfrentam. As assimetrias estão presentes nas diversas relações do fenômeno turístico: tanto entre aqueles que desejam viajar, como também entre aqueles que trabalham no setor ou que fazem parte das comunidades que habitam destinos procurados. Como tais assimetrias se relacionam com o quadro geral de desigualdades sociais? Quais mecanismos que as constroem? Quais as responsabilidades de cada agente do turismo nesse panorama?

Daniela Moreno Alarcón (co-diretora da organização Equality in Tourism, Inglaterra)

Ernest Cañada (coordenador do centro de estudos Alba Sud e professor da Universidade de Barcelona)

Vanda Aparecida da Silva (professora do curso de Turismo da Universidade Federal de São Carlos)

Mediação de Helio Hintze (Projeto Fazer Pensar)

Mesa 4– 17h às 18h30
Imagens e sentidos do turismo
Discutir a relação entre turismo e direitos implica abordar aspectos ligados ao imaginário dessa prática. Ser turista é mais do que desempenhar um dos possíveis papeis do indivíduo na atualidade: parece ter se tornado um imperativo contemporâneo. Como se deu a construção desse papel por instâncias que atuam no domínio do simbólico, como o cinema, a fotografia e a publicidade? Quais estratégias foram utilizadas por essas mediações para positivar a atividade turística e quais as possibilidades de decodificação e desconstrução de tais discursos?
Careime Assmann (consultora de cinema)

Michael Hughes (fotógrafo autor da série Souvenirs)

Susana Gastal (professora da Universidade de Caxias do Sul)

Mediação de Dênio Azevedo  (Universidade Federal de Sergipe)
Local: Teatro – 1º subsolo

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